O vírus do Nilo Ocidental é um vírus ARN de fita simples que causa a febre do Nilo Ocidental. É membro da família Flaviviridae, mais especificamente do género Flavivirus, que também inclui o vírus zica, vírus da dengue e vírus da febre amarela. O vírus do Nilo Ocidental é geralmente transmitido pela picada de mosquitos do género Culex. O principal reservatório natural do vírus são aves.[1]
Este vírus pertence à família dos flavivírus, e o seu genoma é de RNA simples de sentido positivo (pode ser usado diretamente como mRNA para a síntese proteica). Produz cerca de 10 proteínas, sendo sete constituintes do seu capsídeo, e é envolvido por envelope bilipídico. Multiplica-se no citoplasma e os vírions descendentes invaginam para o retículo endoplasmático da célula-hóspede, a partir do qual são expelidos por exocitose. Tem cerca de 50 nanómetros de diâmetro. Infecta principalmente os macrófagos.
A propagação do vírus do Nilo Ociental é feita através de duas formas:[2]
O vírus não se propaga através do contato casual, como tocar ou beijar uma pessoa portadora do vírus.
É transmitido por mosquitos do género Culex, em climas ou estações quentes. Existe endemicamente em África, incluindo Uganda, onde nasce o rio Nilo e Ásia tropical ou mediterrânica. Nos EUA o vírus surgiu em 1999, e vem provocando diversas mortes, especialmente no verão quente da cidade de Nova Iorque. Os especialistas acreditam que o Vírus do Nilo Ocidental é estabelecido como uma epidemia sazonal na América do Norte que irrompe no verão e continua até o outono.[2] Em Portugal, surgiu pela primeira vez no Algarve, no ano de 2004. Não se sabe ainda se o vírus conseguiu estabelecer-se com sucesso nessa região do sul de Portugal, mas, ainda que não tenha, é possível que o faça no futuro. No Brasil o primeiro caso foi confirmado em dezembro de 2014, em um agricultor do interior do Piauí.[3] Já o segundo caso, também no Piauí, foi confirmado em fevereiro de 2019, em uma mulher que foi internada no Hospital Universitário de Teresina em 2018, recebendo alta sem sequelas.[4]
Há pássaros que servem de reservatório para o vírus e são especialmente importantes para a sua sobrevivência em climas com invernos frios sem mosquitos (como o de Nova Iorque e mesmo do Algarve). Os humanos não têm viremia suficientemente prolongada para servirem de reservatório significativo e são sempre infectados por pássaros, via mosquito mediador.
O vírus do Nilo Ocidental é um vírus ARN de fita simples que causa a febre do Nilo Ocidental. É membro da família Flaviviridae, mais especificamente do género Flavivirus, que também inclui o vírus zica, vírus da dengue e vírus da febre amarela. O vírus do Nilo Ocidental é geralmente transmitido pela picada de mosquitos do género Culex. O principal reservatório natural do vírus são aves.