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Pintarroxo-comum ( Portuguese )

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O pintarroxo-comum (Linaria cannabina[1] ou Carduelis cannabina) é um pequeno pássaro da família Fringillidae. Sua coloração é predominantemente marrom, com o peito avermelhado. As fêmeas e os mais jovens não têm a cor avermelhada e são um pouco esbranquiçados.

Descrição

O pintarroxo-comum tem um comprimento de 13 a 14 cm,[2][3][4][5][6] um peso de 15 a 20g[3][4] e uma envergadura entre asas de 21 a 25 cm.[3] O macho, em plumagem de verão, tem a cabeça cinzenta, a testa e o peito vermelhos-carmim, o dorso castanho, a garganta e o abdómen esbranquiçados.[3][5] As asas são castanhas e pretas, as rémiges primárias são pretas com as pontas brancas assim como as retrizes da cauda.[2][5] O uropígio é bege claro. Em plumagem de outono é mais acastanhado e não tem vermelho na testa e no peito.[5] O bico é cinzento e as patas são acastanhadas.[3] A fêmea, em plumagem de verão, tem as cores mais ternas do que o macho e não tem a testa e o peito vermelhos. No outono a plumagem é mais listada.[5] Os juvenis são parecidos com as fêmeas mas mais castanhos nas partes superiores e com listas escuras. As partes inferiores são bege claro com listas castanho-escuras.[5] O bico e as patas são cinzentos.[3]

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Pintarroxo-macho

Distribuição

A espécie é comum na Europa, no oeste da Ásia e no norte de África. Em Portugal está distribuída por todo o território, apenas não se encontrando em algumas zonas do litoral centro e do Baixo Alentejo.[7]

Taxonomia

O pintarroxo-comum é uma das várias espécies originalmente descritas por Linnaeus, em 1758, na 10ª edição da sua obra Systema Naturae, com o nome de Fringilla cannabina.[8] O nome cannabina deriva do facto da ave gostar de sementes de cânhamo.[9] Foi inicialmente incluído no género Acanthis. Hibridiza com o verdilhão (c. chloris), com o lugre (c. spinus), com o pintarroxo-de-queixo-preto (c. flammea) e com o pintarroxo-de-bico-amarelo (c. flavirostris).[10] A subespécie c.c.guentheri era anteriormente designada por c.c.nana, as subespécies propostas c.c.taurica (Crimeia), c.c.persica (Irão) e c.c.fringillirostris (Caxemira) são consideradas como variantes da subespécie c.c.bella.[10] São reconhecidas sete subespécies.[4][10][11]

Subespécies e sua distribuição:[1][10]

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Fêmea

Habitat

É uma espécie que geralmente se encontra abaixo dos 2000m de altitude, mas que pode reproduzir-se a maiores altitudes, entre os 2300 e os 3600m.[5] Frequenta habitats muito diversificados, tais como matagais, estepes, prados, pomares, jardins, parques, terrenos cultivados, florestas, clareiras das florestas, zonas de arbustos, pastagens, prados de montanha, pradarias, vales, encostas rochosas, dunas costeiras, margens de cursos de água.[5][12]

Alimentação

A sua alimentação é basicamente composta de sementes, mas também consome alguns insetos.[2][4][13] Gosta de sementes pequenas ou médias de diversas plantas herbáceas como as Polygonaceae (Polygonum, Rumex), as brassicáceas (mostarda-selvagem) (sinapis arvensis), bolsa-de-pastor (Capsella bursa-pastoris)), as asteráceas (dente-de-leão, cardo, Sonchus, Anthemis, tasneirinha), de arbustos como o pilreteiro e de árvores como as bétulas.[9] Alimenta-se no solo ou a pouca altura nos arbustos.[5][9]

Nidificação

Lugares abertos com grandes arbustos favorecem o acasalamento, pois seus ninhos são feitos geralmente em arbustos[9] não muito longe do alcance da luz do sol.

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Ninho com crias

A época de reprodução dura de meados de Abril ao princípio de Agosto[4][5][6] e é constituída por 2 a 3 posturas,[3][5][6] cada uma com 4 a 6 ovos[2][3][5][6] azuis esbranquiçados com pintas escuras ou castanhas.[3][5] O ninho é construído pela fêmea, numa sebe, num arbusto ou numa árvore pequena,[5][6] em forma de taça e feito com pauzinhos, caules, raízes, líquenes, musgos e forrado com , pêlos e penugem vegetal.[2][3][5] A fêmea incuba os ovos sozinha durante 11 a 13 dias, depois de nascerem as crias são alimentadas pelos dois progenitores.[3][5][6] Os juvenis deixam o ninho ao fim de 10 a 14 dias, continuando a depender dos pais durante mais duas semanas.[5]

Comportamento

Quando não está na época do acasalamento, pode formar grandes bandos, às vezes misturados com outros pássaros da mesma família.[9]

O pintarroxo faz o seu ninho em colónias, com vários casais a utilizarem determinada zona disponível de arbustos.[14] É um pássaro parcialmente migratório, pois os pássaros mais a sul são residentes e os do norte migram para sul,[14] em bandos de 200 a 300 aves.[4]

Filogenia

A filogenia foi obtida por Antonio Arnaiz-Villena et al.[15][16][17][18]

Galeria

Referências

  1. a b Gill, F & D Donsker (Eds) (8 de janeiro de 2017). «Finches, euphonias». IOC World Bird List (v 7.1) (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2017 !CS1 manut: Usa parâmetro autores (link)
  2. a b c d e Infopédia Pintarroxo-comum. Porto: Porto Editora, 2003-2013. Acesso a 12-02-2013.
  3. a b c d e f g h i j k Garden-birds Linnet. Acesso a 12-02-2013.
  4. a b c d e f Oiseaux.net Linotte-melodieuse. Acesso a 12-02-2013.
  5. a b c d e f g h i j k l m n o p q Oiseaux-birds.com Linotte-melodieuse. Acesso a 14-02-2013.
  6. a b c d e f ARKive Linnet Arquivado em 3 de março de 2014, no Wayback Machine. Acesso a 12-02-2013.
  7. Aves de Portugal Pintarroxo. Acesso a 12-02-2013.
  8. Linnaeus, Carolus (1758). Systema Naturae (em latim). Holmiae: Laurentii Salvii. p. 322. OCLC 174638949 Acesso a 11-02-2013.
  9. a b c d e Birdwatchingalentejo Pintarroxo. Acesso a 12-02-2013.
  10. a b c d The Internet Bird Collection Linnet. Acesso a 12-02-2013.
  11. Avibase Pintarroxo-comum Acesso a 11-02-2013.
  12. Zipcodezoo.com carduelis cannabina. Acesso a 14-02-2013.
  13. The Royal Society for the Protection of Birds Linnet. Acesso a 14-02-2013.
  14. a b Birdguides Linnet Arquivado em 9 de julho de 2014, no Wayback Machine.. Acesso a 12-02-2013.
  15. Arnaiz-Villena, Antonio; Alvarez-Tejado M., Ruiz-del-Valle V., García-de-la-Torre C., Varela P, Recio M. J., Ferre S., Martinez-Laso J. (1998). «Phylogeny and rapid Northern and Southern Hemisphere speciation of goldfinches during the Miocene and Pliocene Epochs» (PDF). Cell.Mol.Life.Sci. 54(9): 1031–41 A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  16. Arnaiz-Villena, A.; Ruiz-del-Valle, V.; Moscoso, J.; Serrano-Vela, J. I.; Zamora, J. (2007). «mtDNA phylogeny of North American Carduelis pinus group» (PDF). Ardeola. 54 (1): 1–14 A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  17. Arnaiz-Villena, A; Gómez-Prieto P, Ruiz-de-Valle V (2009). «Phylogeography of finches and sparrows». Nova Science Publishers. ISBN 978-1-60741-844--3. Consultado em 23 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 3 de novembro de 2013 A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  18. Arnaiz-Villena, A; Areces C, Rey D, Enríquez-de-Salamanca M, Alonso-Rubio J and Ruiz-del-Valle V (2012). «Three Different North American Siskin/Goldfinch Evolutionary Radiations (Genus Carduelis): Pine Siskin Green Morphs and European Siskins in America» (PDF). The Open Ornithology Journal. 5: 73–81. doi:10.2174/1874453201205010073. Consultado em 23 de fevereiro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 21 de setembro de 2013 A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)

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