Culcitaceae é uma família de samambaias pertence à classe Polypodiopsida, ordem Cyatheales, constituída por um único gênero e duas espécies. O gênero Culcita é de hábito terrestre, com uma ampla distribuição geográfica que inclui a Macaronésia (Açores, Madeira, Tenerife), a Península Ibérica, a Nova Caledônia e o norte do Neotrópico. Especificamente no Brasil, ocorre na região sul e sudeste, presente em vegetação de floresta ombrófila na Mata Atlântica.
As culcitáceas são plantas vasculares com ciclo de vida haplodiplonte no qual a alternância de gerações é bem marcada, com esporófitos e gametófitos multicelulares e independentes, com esporos como estrutura de dispersão e de resistência. O gametófito é um "talo" (corpo sem diferenciação anatômica), e o esporófito é um "cormo" (com raiz, vergôntea e sistema vascular).
Atualmente, apenas o gênero Culcita é descrito para a família Culcitaceae. Nele, ocorrem as espécies Culcita coniifolia (Hook.) Maxon (1911) na América do Sul e Culcita macrocarpa Presl (1836), na Península Ibérica e Macaronésia.
As características da família levam a que seja tradicionalmente incluída nas samambaias. Por apresentar esporófitos com megáfilos, ou "frondes", é incluída entre as Euphyllophyta. A fronde é formada por um pecíolo e uma lâmina, os megafilos são maiores e mais complexos que os microfilos, tendo várias nervuras e caules do tipo sifonostelo e eustelo.
Os rizomas são bem desenvolvidos, prostrados ou sub-retos (não eretos), solenostélicos, com pêlos articulados (septados), longos e densos, que podem ser em tons amarelados. O corte transversal dos pecíolos mostra um feixe vascular afunilado ("gutter-shaped").
As folhas são grandes, 4-5 pinadas-pinatífidas, glabras (sem tricomas/pelos) a ligeiramente pubescentes (com tricomas/pelos), subcoriáceas. Nervuras livres, geralmente bifurcadas ("forked"). Os soros, estrutura onde os esporângios estão alojados, têm até 3 mm de largura, estão na parte distal (marginal) das nervuras, com paráfisos.
Como em Dicksoniaceae, o indúsio possui duas valvas. A face externa é apenas diferenciada do tecido da lâmina, mas o indúsio interno é claramente modificado.
Os esporos são tetraedro-globosos, com marca trilete. Possuem superfície levemente rugosa e espínulos. Número de cromossomos: x = 66. [1]
Constituída por um único gênero e duas espécies, é uma família monofilética [2] e já esteve classificada junto com a família Dicksoniaceae por terem características morfologicamente semelhantes. Posteriormente, análises de estudos moleculares informaram que, na verdade, está estreitamente aparentada com Plagiogyriaceae e com o gênero Calochlaena, com o qual Culcita esteve usualmente associado. Esta relação filogenética é confirmada por caracteres anatômicos, como fetos arbóreos. [3] [4]
Essa família ocorre nos três estados do Sul brasileiro e em três estados do sudeste, especificamente Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Não há espécies endêmicas, mas a que ocorre no país é a Culcita coniifolia (Hook.) Maxon (1911). [5]
Culcitaceae é uma família de samambaias pertence à classe Polypodiopsida, ordem Cyatheales, constituída por um único gênero e duas espécies. O gênero Culcita é de hábito terrestre, com uma ampla distribuição geográfica que inclui a Macaronésia (Açores, Madeira, Tenerife), a Península Ibérica, a Nova Caledônia e o norte do Neotrópico. Especificamente no Brasil, ocorre na região sul e sudeste, presente em vegetação de floresta ombrófila na Mata Atlântica.