Die Seemäuse, auch Seeraupen (Aphroditidae) sind eine Familie meist großer, frei lebender, räuberischer Vielborster (Polychaeta), die in Meeren weltweit verbreitet sind.
Die Seemäuse haben im Vergleich zu anderen Vielborstern meist einen kompakten, ovalen, abgeflachten und sehr breiten Körper. Sie werden bis zu 20 cm lang und 8 bis 9 cm breit; lediglich Palmyra aurifera ist mit 15 mm Länge und 8 mm Breite klein. Der gebogene Rücken ist mit einem oft stark schillernden Borstenkleid bedeckt. Die Anzahl der Segmente liegt bei manchen Arten in der Gattung Aphrodita nur zwischen 32 und 36, bei anderen dagegen bei über 40. Das Prostomium (Kopflappen) ist ein stirnseitig gerundeter Doppellappen und das Peristomium zu Lippen um den Mund reduziert. Es gibt eine Mittelantenne, während Seitenantennen fehlen. Bei den meisten Arten ist ein Gesichtsknötchen vorhanden. Die ventral sitzenden, spitz zulaufenden, ungegliederten Palpen sind mit der vorderen Oberfläche des ersten Paars Parapodien verschmolzen. Nuchalorgane sind bei allen Arten vorhanden. Die Längsmuskeln des Hautmuskelschlauches sind in vier Bündeln angeordnet. Das erste Segment krümmt sich um das Prostomium und hat Parapodien, die denen an den anderen Segmenten ähneln. Es gibt zwei Paar Tentakular-Cirren. Die Notopodien sind stets kürzer als die Neuropodien. An sämtlichen Segmenten gibt es entweder dorsale Cirren oder Elytren; auch ventrale Cirren sind vorhanden. Bei Palmyra aurifera fehlen allerdings Elytren. Bei vielen Arten gibt es einfache Papillen an der Bauchseite und an den Parapodien. Der muskulöse, ausstülpbare Pharynx besitzt zwei Paar dorsoventral angeordnete Kiefer, die bei manchen Arten allerdings schwach entwickelt sind, sowie zwei Endpapillen. Der Darm weist in den meisten Segmenten paarige Blindsäcke auf. Ebenso gibt es in den meisten Segmenten Mixonephridien mit einem einfachen Ausscheidungskanal. Das geschlossene Blutgefäßsystem weist kein zentrales Herz auf. Aciculae sind vorhanden, die Chaetae als verschieden gestaltete Härchen und Stacheln ausgeprägt. Der schillernde Rückenpelz wird von Notochaetae in Form von Stacheln, Härchen und feinen, von Spinndrüsen produzierten seidenartigen Fasern gebildet. Solche seidenartigen Notochaetae gibt es ansonsten nur noch bei den Acoetidae.
Soweit bekannt, ernähren sich die Aphroditidae räuberisch. Im Darm von Aphrodita aculeata wurden die Reste von Vielborstern der Familien Terebellidae und Sabellidae, aber auch von Zehnfußkrebsen und Schnurwürmern gefunden, während es bei Laetmonice sp. Gehäuse von Foraminiferen waren. In Laborversuchen fraß Aphrodita aculeata lebende Flohkrebse (Corophium volutator), Muscheln (Limecola balthica) und Polychaeten (Nephtys hombergii, Nereis diversicolor), darunter eine Nereis virens, die dreimal so lang wie die Seemaus war.[1]
Die Fortpflanzungsbiologie ist bei den Aphroditidae unzureichend erforscht. Es wird angenommen, dass bei den meisten Arten die Entwicklung über ein frei schwimmendes Larvenstadium erfolgt. Bei Palmyra aurifera sind die 0,3 mm bis 0,4 mm großen Eier so dotterreich, dass eine direkte Entwicklung zum Wurm möglich ist. Larven sind bisher in keiner Weise untersucht worden.
Die Familie Aphroditidae wird in 8 Gattungen unterteilt:[2]
Die Seemäuse, auch Seeraupen (Aphroditidae) sind eine Familie meist großer, frei lebender, räuberischer Vielborster (Polychaeta), die in Meeren weltweit verbreitet sind.
Афродита сымалдуулар (лат. Aphroditidae) — түктүү муунак курттардын бир тукуму.
Aphroditidae is a family of annelids belonging to the order Phyllodocida.[1]
Genera:[1]
Aphroditidae is a family of annelids belonging to the order Phyllodocida.
Los afrodítidos (Aphroditidae) son una familia de anélidos poliquetos del orden Phyllodocida.
Contiene los siguientes géneros:[1]
Los afrodítidos (Aphroditidae) son una familia de anélidos poliquetos del orden Phyllodocida.
Les Aphroditidae forment une famille de vers marins polychètes.
Selon World Register of Marine Species (23 février 2016)[2] :
Les Aphroditidae forment une famille de vers marins polychètes.
Aphroditidae é uma família pertencente a subordem Aphroditiformia de poliquetas escamosos, possuindo similaridade etimológica. Pertence a ordem Phyllodocida da classe Polychaeta, sendo descritos pela primeira vez por Malmgren (1867).[1] Encontram-se em ambientes marinhos de variadas profundidades, mas podem ainda ser encontrados enterrados na areia de praias ou associados a substratos lamacentos.[2] Possuem geralmente corpos grandes e compactos, com formato elíptico, recobertos por uma espécie de feltro, por vezes iridescente.[2]
Espécies da família Aphroditidae estão espalhadas pelo globo, variando de zonas subtidais até grandes profundidades. No entanto há, relativamente, uma grande quantidade de espécies endêmicas na região australiana, onde grande parte dos estudos sobre esta família foram conduzidos. No país, foram constatados três padrões de distribuição distintos: espécies distribuídas amplamente (Aphrodita australis e A. goolmarris), espécies restritas a certas áreas (Laetmonice dolichoceras e L. wonda) e uma espécie encontrada em apenas uma localidade (A. malkaris).[2]
Organismos pertencentes à família Aphroditidae apresentam corpo achatado e com número de segmentos variando de 35 a 45. O prostômio apresenta formato globular e apenas uma antena média, com um par de omatóforos. Os élitros se distribuem em pares nos segmentos 2, 4, 5, 7 até 25; a partir deste ponto, a cada terceiro segmento, ou seja, 28°, 31°, 34° e assim por diante. A região dorsal pode ou não ser coberta por uma espécie de feltro, élitros alternam-se com cirros dorsais lisos ou irregularmente lobados. A faringe eversível possui um par de mandíbulas ou ausência das mesmas.[3][4] Todas as quetas são simples. As notoquetas podem apresentar três fenótipos distintos (cônica acicular, fina e capilar e acicular grossa com formato de gancho), já a neuroqueta dois (bipinada cônica ou grossa com ornamentações, como dentes ou pelos filamentosos). A notoqueta em formato de gancho ou ereta sobre o dorso é um caráter apomórfico que suporta essa família, embora outros fenótipos possam ser encontrados.[4]
A respiração dos Aphroditidae ocorre pelas paredes do corpo, portanto, trata-se de uma respiração cutânea. Ela ocorre no dorso do animal, entre os elitróforos (bases das escamas), de modo que o verme produz um movimento onde os élitros são projetados para cima e o dorso para baixo, abrindo uma cavidade por onde a água renovada entra. Para expulsar a água, os elitróforos são comprimidos e a parte ventral do corpo é elevada, de modo que a cavidade inicialmente aberta é imediatamente fechada, expulsando a água. A combinação dos movimentos permite aos organismos conseguirem suprimento de água constantemente renovado.[2] O sistema circulatório é fechado, com dois vasos principais, um ventral e um dorsal se estendendo pelo corpo, onde vasos menores se interligam lateralmente, formando uma rede de capilares. Em Aphroditidae não foi constatada a presença de arcos aórticos associados às veias principais; na verdade pensa-se que há estruturas similares à glomérulos associadas aos nefrídios.[2] Por fim, o sistema nervoso consiste (além do par de cordas nervosas ventrais e neurônios associados a elas) em um gânglio cerebral na porção anterior do corpo destes anelídeos, que é conectado com os apêndices prostomiais, recoberto por uma camada de epiderme que produz uma cutícula grossa, formando uma espécie de cápsula.
Representantes da família Aphroditidae, normalmente solitários,[2] apresentam um comportamento de ataque oportunista, se posicionando no fundo do mar e esperando presas lentas ou mesmo sésseis estarem ao alcance para atacar com sua faringe eversível. Interessantemente, suas presas são altamente distribuídas entre os diversos grupos de invertebrados, por exemplo outros anelídeos, crustáceos menores, moluscos e por vezes algas[5].
A faringe destes animais, assim como o intestino, apresenta um conjunto de células ricas em enzimas hidrolíticas, fosfatases e aminopeptidases, sugerindo que a absorção de nutrientes se dá inicialmente na faringe, posteriormente no intestino médio onde, de forma geral, não há diferença nas composições químicas celulares em comparação com a faringe eversível.[6]
Embora se tenha pouca informação relativa à reprodução e desenvolvimento dos representantes desta família, estudos em espécies gonococóricas polares que habitam a Antártida demonstraram um padrão de período reprodutivo em consonância com os períodos de maior produção primária nos oceanos.[7] Levando em conta que estes animais são carnívoros, é presumível que haja uma maior disponibilidade de presas nestes períodos.[7] Além disso, a maturação dos gametas desta espécie é lenta, podendo durar mais de um ano, sendo este fato associado à priorização de crescimento do corpo dos pais e aumento no tamanho dos ovos, típicos de espécies bentônicas de alta latitude.[7] Foi observado nesta espécie espermatozoide com núcleo arredondado e acrossomo curto e cônico.[7]
Aphroditidae (inicialmente chamado de Palmyridae) era antes colocado como grupo irmão da família Acoetidae, ambos fazendo parte do clado Aphroditoidea, o qual já foi descartado. Atualmente, tem-se que Aphroditidae e Eulephetidae são as bases da filogenia de Aphroditiformia, sendo Eulephetidae o primeiro clado e Aphroditidae o segundo clado mais basal.[8] O gênero Palmyra já foi proposto como uma família própria, Palmyridae, mas estudos morfológicos recentes o classificam como parte de Aphroditidae, indicando que a perda de escamas ocorreu mais de uma vez ao longo do tempo evolutivo de Aphroditiformia .
AphroditidaePalmyra
Aphrodita
Laetmonice
Hipótese filogenética baseada no trabalho de Gonzalez et al. (2017)[8]
Gêneros[9]:
Aphrodita Linnaeus, 1758
Aphrogenia Kinberg, 1856
Hermionopsis Seidler, 1923
Heteraphrodita Pettibone, 1966
Laetmonice Kinberg, 1856
Palmyra Savigny, 1818
Pontogenia Claparède, 1868
Aphroditidae é uma família pertencente a subordem Aphroditiformia de poliquetas escamosos, possuindo similaridade etimológica. Pertence a ordem Phyllodocida da classe Polychaeta, sendo descritos pela primeira vez por Malmgren (1867). Encontram-se em ambientes marinhos de variadas profundidades, mas podem ainda ser encontrados enterrados na areia de praias ou associados a substratos lamacentos. Possuem geralmente corpos grandes e compactos, com formato elíptico, recobertos por uma espécie de feltro, por vezes iridescente.
Palmyridae Kinberg, 1858
Афродитовые[1] (лат. Aphroditidae) — семейство морских многощетинковых кольчатых червей из отряда Phyllodocida.
Крупные полихеты, достигают до 20 см в длину. Спинная сторона покрыта густым войлоком из очень тонких щетинок, которые переливаются всеми цветами радуги. Передвигаются медленно ползая по морскому дну. На спинной стороне этих полихет достаточно часто поселяются актинии, сипункулиды, иногда мшанки, которые им не мешают, а наоборот маскируют на дне и защищают от хищников.
Обитают в основном в субтропических и тропических морях.
В семействе Aphroditidae 7 современных родов с 109 видами и 1 ископаемый род[2]:
Афродитовые (лат. Aphroditidae) — семейство морских многощетинковых кольчатых червей из отряда Phyllodocida.
Крупные полихеты, достигают до 20 см в длину. Спинная сторона покрыта густым войлоком из очень тонких щетинок, которые переливаются всеми цветами радуги. Передвигаются медленно ползая по морскому дну. На спинной стороне этих полихет достаточно часто поселяются актинии, сипункулиды, иногда мшанки, которые им не мешают, а наоборот маскируют на дне и защищают от хищников.
Обитают в основном в субтропических и тропических морях.