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Scapteromys tumidus ( Portuguese )

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O rato-d’água ou rato do pântano (nome científico: Scapteromys tumidus) é uma espécie pertencente a classe Mammalia, que pode ser encontrada no Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. São animais semi-aquáticos que podem ser encontrados próximos a corpos hídricos ou áreas alagadas. Possuem a cauda menor que o comprimento do corpo, o que permite diferenciar essa espécie de outros ratos. São principalmente insetívoros e vivem em média 2 anos.

Descrição

Possui em média 17 cm de comprimento do corpo e sua cauda mede em média 15 cm de comprimento da cauda, podendo ser considerado um animal de tamanho médio, com uma cauda um pouco menor que o corpo.Seu peso é até 159g[1] Possui pés longos, sendo as patas traseiras maiores que as dianteiras, com o dedo médio das patas traseiras alongados e presença de garras bem desenvolvidas. A pelagem possui coloração acinzentada, sendo a porção dorsal mais escura e a ventral mais clara. As orelhas são relativamente curtas e pilosas, as patas apresentam pelos curtos e a cauda é bicolor, com pelos escuros na parte superior e claros na parte inferior. Uma característica marcante da espécie é a presença de patas posteriores com membrana interdigital, o que facilita a sua mobilidade no ambiente aquático.[2] Esses animais tem a audição muito bem desenvolvida. É facilmente assustado e busca segurança mergulhando no corpo d’água mais próximo. As fêmeas apresentam 4 pares de mamas. Várias vocalizações já foram relatadas.[3]

Ocorrência do Gênero

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Localização do Rio Grande do Sul no Brasil.

O gênero Scapteromys é composto por duas espécies, S. tumidus e S. aquaticus, e pelo menos uma forma não nominada. No Brasil, há apenas uma espécie: S. tumidus, encontrada no estado do Rio Grande do Sul, habitando áreas dos Pampas. Também encontrado no Paraguai, Uruguai e Argentina. Pouco abundantes, mas possíveis de serem visualizados na natureza. Para diferenciar de demais espécies do gênero, é necessária análise de caracteres internos da morfologia do crânio, cariótipo e sequenciamento de DNA. Uma provável espécie relacionada não formalmente descrita ocorre apenas nos Campos de Cima da Serra.[4]

Ecologia

São semi-aquáticos e vivem em áreas alagadas, próximo a cursos d’água. Há registros de atividade tanto diurna, quanto noturna. São encontrados em depressões no solo, abaixo de gramíneas. A espécie está envolvida na transmissão de Rickettsia conorii[5], uma bactéria transmitida por um ectoparasita, comumente carrapato. Essa bactéria causa febre maculosa em seres humanos.

Dieta e forrageamento

Os Scapteromys tumidus são primariamente insetívoros, porém também podem consumir vegetais, mas em escala bem menor. Esse animal também é comumente visto escavando o solo próximo à água a procura de poliquetas e oligoquetas, animais dos quais também pode se alimentar. Podem ser vistos se alimentando sobre a vegetação durante o crepúsculo.[6][7]

Reprodução e ciclo de vida

Nascem de 3 a 5 crias por ninhada e vivem em média 2 anos. Utilizam, como ninhos, a vegetação densa, hastes de junco próximas à lâmina da água. A reprodução aparentemente ocorre ao longo do ano. Os machos em condição reprodutiva foram encontrados em todos os meses, exceto janeiro, junho e julho. Fêmeas grávidas foram encontradas em janeiro, abril, maio, outubro, novembro e dezembro.[8][9]

Conservação

De acordo com a Lista Vermelha da IUCN(2010), esta espécie está classificada como “pouco preocupante”.[10]

Referências

  1. WOODS, C. A.; KILPATRICK, C. W. Infraorder Hystricognathi. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 2, p. 1538-1600.
  2. https://www.ufrgs.br/faunadigitalrs/mamiferos/ordem-rodentia/familia-cricetidae/rato-dagua-scapteromys-tumidus/ Consultado em 10 de Junho de 2019.
  3. WOODS, C. A.; KILPATRICK, C. W. Infraorder Hystricognathi. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 2, p. 1538-1600.
  4. Heloísa de Oliveira. O gênero Scapteromys Waterhouse, 1837 (Rodentia: Sigmodontinae): taxonomia, caracterização microestrutural de pelos-guarda e táxons associados. UFPR
  5. Reis, Nelio Roberto dos; Peracchi, Adriano Lúcio; Rossaneis, Bruna Karla - Mamíferos do Brasil - Guia de Identificação - 2006.
  6. https://www.ufrgs.br/faunadigitalrs/mamiferos/ordem-rodentia/familia-cricetidae/rato-dagua-scapteromys-tumidus/ Consultado em 10 de Junho de 2019.
  7. WOODS, C. A.; KILPATRICK, C. W. Infraorder Hystricognathi. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 2, p. 1538-1600.
  8. WOODS, C. A.; KILPATRICK, C. W. Infraorder Hystricognathi. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 2, p. 1538-1600.
  9. https://www.iucnredlist.org/species/19945/121711379 Consultado em 10 de Junho de 2019.
  10. Reis, Nelio Roberto dos; Peracchi, Adriano Lúcio; Rossaneis, Bruna Karla - Mamíferos do Brasil - Guia de Identificação - 2006.
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O rato-d’água ou rato do pântano (nome científico: Scapteromys tumidus) é uma espécie pertencente a classe Mammalia, que pode ser encontrada no Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. São animais semi-aquáticos que podem ser encontrados próximos a corpos hídricos ou áreas alagadas. Possuem a cauda menor que o comprimento do corpo, o que permite diferenciar essa espécie de outros ratos. São principalmente insetívoros e vivem em média 2 anos.

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